Em 2016 o Brasil enfrentou uma das piores crises já registradas. Já neste ano, o país começou a se recuperar. Mas a retomada da economia ainda será lenta. Nesse cenário atual, é preciso ter um rígido controle de gastos e saber bem onde investir. Nos hospitais ou clínicas, um dos gastos mais expressivos e ainda assim não planejados é o da manutenção de equipamentos. Muito dinheiro pode estar sendo gasto nessa área, e talvez bem mais que o necessário.

O índice que mede a variação de custos médico-hospitalares (VCMH) só aumenta nos últimos anos. Uma das principais dificuldades é a grande valorização do dólar, que chegou ao valor de R$ 3,33 esse ano. Como a grande maioria dos produtos vêm de fora, o valor aumenta consideravelmente e a manutenção sobe paralelamente.

Organize os gastos

Diversas instituições não possuem um departamento específico para lidar com os instrumentos, ficando à cargo da administração ou até mesmo da equipe de enfermagem, o que causa muito desgaste e pouca eficiência.

No meio da saúde há uma prática muito comum, mas não tão apropriada, de se chamar a assistência técnica para qualquer mínimo problema com o equipamento, especialmente se ele interrompe uma atividade essencial do hospital. Muitas vezes é apenas um problema ou erro pequeno, que poderia ser resolvido facilmente, mas que ao chamar um técnico os valores acabam muito elevados.

Muitos estabelecimentos não possuem condições de manter toda uma equipe de engenharia clínica, mas um técnico bem treinado já supre grande parte das necessidades. A preocupação com o equipamento deve ocorrer antes mesmo dele apresentar algum problema, pensando no armazenamento e manuseamento correto e também na verificação do funcionamento para não ocorrer erros durante o uso.

Pequenas medidas podem surtir efeitos impressionantes no caixa no fim do mês como fazer um fluxo de manutenção e implementar softwares que auxiliem a controlar os gastos. Tenha sempre em mente que o investimento maior em uma área significa menos estresse e dinheiro desperdiçado no futuro.

A crise pode dificultar o trabalho, mas também é uma oportunidade para compreender melhor os processos que ocorrem dentro de sua clínica e torná-los mais eficientes. É uma oportunidade para crescer.